Notícias
A 13ª edição da Maratona do Porto EDP, que neste domingo, 6 de Novembro, irá para a estrada, pode ser a edição dos recordes. Recordes em vários azimutes estão nas previsões, mesmo não as tomando como demasiado optimistas. Recorde do número de atletas terminadores da prova, recorde do percurso, e mínimos de participação para os campeonatos do mundo de atletismo de 2017. É o que está em cima da mesa e, de todo, não é pouco, numa competição cujo percurso, de beleza ímpar, este ano terá partida e chegada junto ao SEA LIFE Porto, ao Castelo do Queijo.
No que respeita ao número de participantes, e de terminadores da maratona propriamente dita, já que o evento não é apenas dela composto, bem pode dizer-se que se as expectativas existentes de há meses a esta parte forem cumpridas, ele deverá estrar assegurado. Com mais de seis mil inscrito nos 42195m clássicos da maratona, difícil seria que a fasquia dos 5 mil terminadores não fosse alcançada, pela primeira vez em Portugal. Este é um recorde emblemático, confirmativo do crescimento sustentado da Maratona do Porto EDP. E em todo o evento, portanto incluindo a Family Race, de 15km, e a Fun Race/Caminhada, com 6 km, espera-se uma presença global de 15 mil pessoas, confirmativas da dimensão gigante que hoje a maratona do Porto se permite ostentar.
Os recordes do percurso constituirão um outro objectivo, em ponto de mira. Dir-se-á que o recorde feminino poderá estar mais ameaçado, desta feita, que o masculino. Com Filomena Costa em excelente forma, e dado que ela detém um máximo pessoal de 2h28m00s, obtido na maratona de Sevilha do ano passado, é legítimo acreditar que a marca de 2h30m40s da queniana Priscah Jeptoo, conseguida a 8 de Novembro de 2009, possa ser melhorada, e a barreira das 2h30m batida.
Filomena Costa não será a única candidata a fazer uma grande marca, porém, já que do lado português há a considerar a presença, em estreia, de Catarina Ribeiro. Depois avultam as estrangeiras, que serão lideradas pela etíope Guteni Shone, jovem que cumprirá 25 anos a 17 do corrente mês de Novembro, a vencedora da primeira meia maratona de Luanda (em 2013), e que entretanto veio a obter uma marca pessoal de 2h23m32s na maratona completa, em Janeiro do ano passado em Houston, no Texas.
No lado masculino os portugueses, mesmo os de elite, não serão os principais favoritos. Estes vêm, como sempre, do leste de África, liderados desta vez por um eritreu, Yonas Kifle, ao contrário de Guteni Shone um veterano, posto que nasceu em 5 de Novembro de 1977. Kifle já participou em inúmeros certames de topo com a camisola do seu país, foi olímpico em 10.000m e na maratona, ficou no pódio em Campeonatos Mundiais de Meia Maratona (terceiro em 2005), e entretanto estabeleceu em Amesterdão, em 21 de Outubro de 2007, o seu melhor tempo na maratona, com 2h07m34s, o que faz dele o mais rápido participante, por marca pessoal, dos que este domingo calcarão a linha de partida na Invicta.
Os quenianos estarão em força, defendendo a possibilidade de o recorde da prova (obtido a 6 de Novembro de 2011 por Philemon Baaru, com 2h09m51s) se manter nas suas mãos. Avultam de entre eles Samuel Mwaniki, Pius Kirop, Patrick Muriuki e Gilbert Maina, todos com marcas pessoais bem abaixo das 2h11m e, nalguns casos mesmo abaixo das 2h09m. E correrá ainda o cotado japonês Yuki Kawauchi, de 29 anos de idade, um dos atletas de topo que mais maratonas corre em cada ano civil, e que é o detentor da segunda melhor marca pessoal de entre os partidores, com 2h08m14s, obtidos em Seoul a 17 de Março de 2013.
Os portugueses de topo presentes serão José Moreira, Alberto Paulo, em estreia, e Hélio Gomes, que deverá fazer parte da prova, também numa primeira abordagem à maratona.
Para além de boas posições, José Moreira e Alberto Paulo procurarão com afinco a obtenção de mínimos para os Campeonatos do Mundo de Atletismo de Londres, em Agosto do próximo ano de 2017, e que estão fixados em 2h14m. No lado feminino o mesmo vale para Filomena Costa e Catarina Ribeiro, sendo a marca pedida, neste caso, de 2h32m. Este particular aspecto dos mínimos mundialistas poderá constituir, assim, mais um recorde que a prova deste domingo venha a conseguir, ou seja, uma definição importante da equipa nacional para os Mundiais, na maratona.
Quanto à Family Race vem havendo adesão de última hora da parte de atletas de elite portugueses, sendo os nomes de Rui Pedro Silva, que irá estrear a camisola do Sporting CP, e de Daniela Cunha, do mesmo clube, os principais a registar.
Como sempre a Expo Maratona vai ter lugar, na sexta e sábado antecedentes à corrida, no Centro de Congressos da Alfândega do Porto, entre as 10h e as 19 horas. Não faltarão, nas mesmas instalações, a Pasta Party, sábado das 12 às 17 horas, palestras vocacionadas para a temática da maratona e um concerto de fado, a iniciar às 17 horas de sábado, aberto a todos os participantes nas três vertentes do evento.
Está tudo a postos, portanto, para uma grande 13ª edição da Maratona do Porto EDP!