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14ª Maratona do Porto EDP com o olhar nos recordes

A 14ª edição da Maratona do Porto EDP, que no próximo domingo, 5 de Novembro, vai para as ruas das cidades do Porto, Matosinhos e Vila Nova de Gaia, tem como objectivo a obtenção de novos recordes em todas as vertentes mais significativas do evento, o que passa, sobretudo, pela melhoria dos melhores tempos obtidos no percurso em ambos os sexos, e no reforço da prova como a maior maratona nacional.

No sector masculino o melhor do traçado está em 2h09m51s, estabelecido pelo queniano Philemon Baaru na edição de 2011. A lista de presenças na prova é este ano liderada pelo queniano Lawrence Kimaiyo, detentor de um recorde pessoal de 2h07m01s, estabelecido em Kosice, na Eslováquia, a 7 de Outubro 2012. Ele tem clara vantagem sobre todos os outros concorrentes, e em especial sobre os seus compatriotas quenianos, nessa vertente da melhor marca pessoal, mas já se sabe que muitas vezes não é o dono do melhor tempo quem ganha. Kimaiyo é seguido pelo seu colega Jackson Limo abaixo das 2h10m, já que este correu em 2h09m06s, em Paris, a 6 de Abril de 2014. Limo, este ano, esteve na maratona de Rabat e não impressionou, ficando em 13º com 2h17m19s, e agora decerto quererá fazer bem melhor. Outro queniano possui o terceiro melhor máximo pessoal, Edwin Kiyeng com 2h10m39s (em Cannes, em 2014). Por outro lado volta ao Porto o vencedor da edição de 2014, o etíope Workneh Fikire Serbessa, com 2h13m10s, e esta era a sua melhor marca até ao presente ano de 2017, quando acabou em sétimo com 2h12m09s na maratona de Sevilha, a 19 de Fevereiro. Isto significará, decerto, que pode enfileirar entre os candidatos ao triunfo.

Depois haverá algumas estreias prometedoras, como as dos quenianos Emmanuel Bor (que tem 61m04s na meia maratona) e Charles Kipkoech Cheruiyot, enquanto o cotado eritreu Teklemariam Medhin (61m47s na meia maratona de Lisboa em 2014) fará de lebre.

Quanto a portugueses, destacam-se as presenças de Daniel Pinheiro, Miguel Ribeiro, Bruno Silva, Ricardo Dias e Pedro Palma. Não parece crível que algum dos lusos possa lutar pelos primeiros lugares mas há, pelo menos, muita curiosidade em aquilatar do que podem fazer Ricardo Dias e Miguel Ribeiro, na base de várias prestações interessantes de ambos em meias maratonas. O consagrado Rui Pedro Silva funcionará como lebre até aos 15km.

Quanto ao sector feminino o recorde do percurso foi estabelecido o ano passado pela queniana Loice Kiptoo, com 2h29m13s. Para a corrida de domingo Carla Salomé Rocha (2h27m08s), que já deverá correr - de novo - pelo Sporting CP, partirá como uma das favoritas, já que é a detentora do melhor tempo de todas as participantes, com o resultado de 2h27m08s, conseguido na sua estreia na distância, em Praga, na Primavera passada. Após a estreia na maratona, precisamente no Porto em Novembro de 2016, da sua colega de treinos Catarina Ribeiro, saldada por um excelente tempo e uma segunda posição, Carla tentará seguir o seu exemplo na segunda maratona da sua carreira, e quem sabe com a sua primeira vitória.

No entanto a experiência da queniana Monica Jepkoech (2h27m26s há dois anos em Toronto, a 18 de Outubro) deve ser tida em consideração. Jepkoech, de resto, já alcançou duas vitórias na Meia Maratona SportZone do Porto, a primeira a 20 de Setembro de 2015, com 70m26s, a segunda há apenas mês e meio, perto do seu recorde pessoal (69m12s) com 69m23s a 17 de Setembro, e isto indicia inequivocamente que se encontra em forma.

Duas etíopes podem prolongar o poder africano, embora teoricamente longe do valor da queniana, Abiyot Eshetyu (2h34m07s em 2015) e Wanganesh Mekasha (2h46m54s em 2014). No entanto, há que desconfiar q ue o verdadeiro valor desta última se corporize nesse fraco recorde pessoal, dado que ela tem 68m48s (em 2015) na meia maratona, e este tempo, isso sim, permite acreditar que na distância “inteira” valha infinitamente melhor. Em estreia estará outra etíope, Webalem Ayele, detentora de um melhor de 70m16s na meia maratona. Quanto a portuguesas destaque-se a presença, em estreia na distância, da sportinguista Ana Mafalda Ferreira, e também a da regular Rosa Madureira.

Neste momento pode contar-se com a participação de 15 mil pessoas nas três vertentes do evento, estando inscritos 6000 corredores para a maratona propriamente dita, 4000 para Family Race, e 5000 para a mini-maratona. Nada menos de 68 países serão representados no evento, e o número de estrangeiros na prova sobe percentualmente de 25 por cento, o ano passado, para 35 por cento neste domingo, o que significa que 4000 estrangeiros farão alguma das três corridas em oferta.

Estes números determinam o outro grande objectivo da organização, que é o de pela primeira vez em Portugal 5000 participantes na maratona acabem a corrida. Seja como for, a Maratona do Porto EDP manter-se-á como a maior do país, na base dos 4800 terminadores da edição de 2016.

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